Advogado Adriano Gonçalves

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Contrato de Consignação ou Estimatório

Um contrato estimatório, também conhecido como contrato de consignação, é um acordo entre duas partes em que uma delas, chamada consignante, entrega bens móveis para a outra parte, chamada consignatário, com o objetivo de que este último tente vendê-los. O consignante continua sendo o proprietário dos bens até que sejam vendidos, e o consignatário atua como um agente para vendê-los em nome do consignante.

Neste contrato, o consignatário não compra os bens, mas tem a responsabilidade de vendê-los e, posteriormente, repassar uma porcentagem do valor da venda para o consignante, após deduzir quaisquer despesas ou comissões acordadas.

O contrato de consignação é comumente utilizado em situações onde o consignante deseja vender mercadorias, mas não tem os meios ou os canais para fazê-lo diretamente. Isso pode ocorrer em várias indústrias, como moda, arte, antiguidades, entre outras.

Dicas importantes:

Ao elaborar um contrato de consignação, é importante tomar certos cuidados para garantir que o acordo seja justo, claro e legalmente válido. Aqui estão alguns pontos-chave a serem considerados:

  1. Clareza e Precisão: Certifique-se de que todos os termos e condições do contrato sejam claramente definidos e compreensíveis para ambas as partes. Evite linguagem ambígua ou vaga que possa levar a interpretações diferentes.

  2. Descrição Detalhada dos Bens: Forneça uma descrição detalhada dos bens que estão sendo consignados, incluindo características específicas, quantidades e qualquer outra informação relevante. Isso ajuda a evitar disputas sobre a identidade ou qualidade dos itens.

  3. Termos de Pagamento: Estabeleça claramente os termos de pagamento, incluindo como os preços de venda serão determinados, quando e como os pagamentos serão feitos ao consignante e quaisquer taxas ou comissões que serão retidas pelo consignatário.

  4. Responsabilidades das Partes: Esclareça as responsabilidades de cada parte no contrato, incluindo questões como manutenção, seguro, transporte e devolução dos bens não vendidos. Isso ajuda a evitar mal-entendidos e conflitos no futuro.

  5. Duração do Contrato: Defina claramente a duração do contrato de consignação, ou seja, por quanto tempo os bens serão mantidos em consignação e quando o contrato será renovado ou encerrado.

  6. Rescisão e Devolução dos Bens: Especifique as condições sob as quais o contrato pode ser rescindido por qualquer das partes e os procedimentos a serem seguidos em caso de rescisão, incluindo a devolução dos bens não vendidos.

  7. Leis Aplicáveis e Jurisdição: Determine a lei que regerá o contrato e a jurisdição competente em caso de litígio entre as partes. Isso é especialmente importante se as partes estiverem localizadas em jurisdições diferentes.

  8. Consulte um Advogado: Por fim, sempre é recomendável consultar um advogado especializado em direito comercial ou contratual para revisar o contrato e garantir que ele esteja em conformidade com as leis locais e atenda às suas necessidades específicas.

Seguindo esses cuidados ao elaborar um contrato de consignação, você pode ajudar a garantir que o acordo seja justo e legalmente sólido para ambas as partes envolvidas.

Veja como elaborar:

 
 

Para elaborar um contrato de consignação ou estimatório, você pode seguir estes passos básicos:

  1. Identificação das Partes: Comece identificando as partes envolvidas no contrato, ou seja, o consignante (quem está fornecendo os bens para consignação) e o consignatário (quem irá vender os bens em consignação).

  2. Descrição dos Bens: Liste detalhadamente os bens que estão sendo consignados, incluindo características, quantidade, qualidade e quaisquer outras informações relevantes.

  3. Termos e Condições da Consignação: Especifique os termos e condições da consignação, como a duração do contrato, a área geográfica de venda, as responsabilidades do consignatário em relação à manutenção e seguro dos bens, e como os preços serão determinados.

  4. Preços e Pagamentos: Defina como os preços de venda serão determinados e como os pagamentos serão realizados ao consignante após a venda dos bens, incluindo qualquer comissão ou taxa que o consignatário possa reter.

  5. Responsabilidades das Partes: Esclareça as responsabilidades de cada parte, incluindo questões como danos aos bens, manutenção, transporte e devolução dos bens não vendidos.

  6. Rescisão do Contrato: Estabeleça as condições sob as quais o contrato pode ser rescindido, tanto pelo consignante quanto pelo consignatário, e os procedimentos a serem seguidos em caso de rescisão.

  7. Leis Aplicáveis e Jurisdição: Determine a lei que regerá o contrato e a jurisdição competente em caso de litígio entre as partes.

  8. Assinaturas e Data: Finalize o contrato com as assinaturas de ambas as partes e a data de assinatura.

É altamente recomendável que você consulte um advogado especializado em direito comercial ou contratual para garantir que o contrato atenda às suas necessidades específicas e esteja em conformidade com as leis locais. Além disso, você pode encontrar modelos de contrato de consignação online que podem servir como ponto de partida, mas sempre personalize-os para se adequarem à sua situação específica.

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